Cenário Army Men: Outubro de 1932, Tropas Paulistas instaladas nas TRINCHEIRAS
Trincheira
é um conceito que deriva de trincera, um termo italiano. O conceito permite
mencionar o buraco que os soldados escavam na terra com vista a protegerem-se
dos ataques inimigos. Assim, Trincheiras
é um tipo de guerra terrestre utilizando linhas ocupadas consistidas
principalmente de trincheiras, onde as tropas que lá estão desfrutam de uma
posição bem protegida contra ataques de projéteis balísticos inimigos, como
armas de fogo pequenas e artilharia.
Entre
São José do Barreiro, no nordeste paulista, e Cruzeiro, no sopé da serra da
Mantiqueira, fronteira com Minas Gerais, posicionou-se o grosso da tropa
paulista para fazer frente às tropas que viriam do Rio de Janeiro. Na linha
Jataí e Areias, posicionou-se força mista de infantaria e artilharia e sobre a
ferrovia Central do Brasil, em Queluz, destacamento de infantaria e artilharia.
E em outros lugares pelo Estado de São Paulo, outras tropas estabeleceram as
defesas das fronteiras. Os primeiros combates logo ocorreram. Os paulistas nas
trincheiras de vanguarda de São José do Barreiro, abriram fogo contra a tropa
de Getúlio que avançava na penumbra da estrada, depois de terem tomado Bananal.
Atacando
pelos flancos, a infantaria paulista colocou as tropas do Getúlio em
desvantagem. O combate com muitos tiros durou horas, com grandes perdas de
ambos os lados. A tropa getulista não esperava encontrar paulistas aguerridos e
destemidos, por isso recuou, correndo. Como as espadas que muitos deles tinham
à cintura atrapalhassem a fuga, os soldados foram tirando da cintura a bainha
com a espada e o cinto, largando-os por onde corriam... No amainar dos
combates, já altas horas da noite, a tropa paulista, conforme já planejado, recuou
para uma melhor posição, no morro Fino, enorme morro na saída de São José do
Barreiro. E
por três três meses, os paulistas lutaram sozinhos contra todos os outros
Estados. Na retaguarda, o povo se uniu
para ajudar em tudo o que fosse necessário, voluntários civis aviadores
pilotando aviões, outros lutando como soldados ou como padioleiros que
recolhiam feridos levando-os da frente de combate para a retaguarda, mulheres
costuravam uniformes, fazendo pão ou preparando alimentação que eram enviados
aos combatentes...
Durante
esses três meses, uma luta desgastante de trincheiras, com sangrentos combates
aconteceram em várias frentes de luta, em especial nas fronteiras paulistas com
Minas Gerais e com o Rio de Janeiro, o Estado onde ficava a capital federal e a
sede do governo de Getulio Vargas.
Os
combates não chegaram a ocorrer dentro da cidade de São Paulo. Iniciada a 9 de
julho, a Revolução foi encerrada três meses depois, em 2 de outubro de 1932,
com armistício assinado na cidade de Cruzeiro, uma rendição assinada apenas
pela Força Pública e não pelo comandante das tropas paulistas, Cel Euclides
Figueiredo, pois ele havia considerado humilhantes demais os termos da
rendição, no armistício proposto pelo representante do Getúlio, general Goés
Monteiro. Foram 135.000 soldados e voluntários paulistas que com bravura
lutaram nas trincheiras do Vale do Paraíba e outras fronteiras de São Paulo,
nos morros, nos túneis e nos vales.
REFERÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS:
https://conceito.de/trincheira http://www.editora-opcao.com.br/ada12.htm
CENÁRIOS E FOTOGRAFIAS: Freitas Júnior - Historiador & Poeta:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100017290650832
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