Cenário Army Men I: Trem Blindado usado pelos paulistas durante a Guerra Civil Paulista de 1932.
O mesmo
era pintado com listas de diversas cores e armado com canhão de 75 milímetros e
metralhadoras pesadas nos flancos, e carregava dois potentes holofotes na parte
superior.
Cenário Army Men II: 4 de outubro de 1932, tropas varguistas envia força total para destruir a "Revolta" dos Paulistas, dando fim a Revolução Constitucionalista iniciada em 9 de Julho de 1932.
A década de 1930,
asseguram os especialistas, foi o princípio do fim das ferrovias. Curiosamente,
também foi um período em que elas se destacaram como coadjuvantes de
acontecimentos que marcaram aqueles tempos. Um dos mais lembrados pelos
estudiosos prende-se à participação do trem no transporte de tropas na
Revolução de 1932, que colocou São Paulo contra o resto do Brasil, uma guerra
civil travada em nome das eleições e da Constituição.
São Paulo podia se dar a esse luxo: era dono de uma malha formada por cinco
importantes estradas de ferro que haviam propiciado a integração do estado,
ainda no século passado, em favor da cafeicultura.
Além de levar os
soldados para as frentes de batalha, o trem foi adaptado pelos paulistas para,
no palavrear do então coronel Euclides Figueiredo, um dos comandantes do
levante, "fazer incursões diabólicas nas linhas inimigas". Ele se
referia ao trem blindado, ou "Fantasma da Morte", como foi apelidado
pelos combatentes, uma composição formada por dois carros, um de cada lado da
máquina e revestidos de aço (duas placas de aço entremeadas de pranchões de
cerne de peroba duríssima).
Camuflado - era
pintado com listas de diversas cores - o trem era armado com canhão de 75
milímetros e metralhadoras pesadas nos flancos, e carregava dois potentes
holofotes na parte superior. "Quando ele entrava nas posições inimigas,
fazia funcionar os holofotes, iluminando as trincheiras adversárias",
escreveu Samuel Baccarat, autor do livro "Capacetes de aço". De
acordo com o relato de Baccarat, "os soldados inimigos, desafeitos a
essas coisas, tomavam-se de pânico, desabando pelos morros, inteiramente
descobertos. Era o momento do trabalho infernal das metralhadoras".
Essa couraça
invulnerável, segundo depoimento de Figueiredo feito em 4 de agosto de 1932,
dia da estréia do aterrorizante blindado, "causou pavor entre os
ditatoriais, que abandonaram as suas posições". Fernando Penteado
Medici, autor do livro "Trem blindado", descreveu assim a ação da
composição: "Dois quilômetros e o inimigo à vista. Os homens avançavam,
certos de que era um trem de mercadoria, ou de víveres (realmente, como estava
disfarçado), e, em posição de atirar, ajoelhavam pelos trilhos. As nossas
metralhadoras picotaram os inconscientes. A primeira impressão foi dolorosa.
Pungente mesmo. Presenciar umas cenas destas".
Apenas duas
composições do trem blindado foram fabricadas, em Sorocaba-SP, especialmente
para atender às tropas paulistas, na revolução de 1932.
REFERÊNCIAS
HISTORIAGRÁFICAS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalista_de_1932
http://darozhistoriamilitar.blogspot.com.br/2010/05/o-fantasma-da-morte-o-trem-blindado.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalista_de_1932
http://darozhistoriamilitar.blogspot.com.br/2010/05/o-fantasma-da-morte-o-trem-blindado.html
CENÁRIOS E FOTOGRAFIAS: Freitas Júnior - Historiador & Poeta:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100017290650832
https://www.facebook.com/profile.php?id=100017290650832
Excelente contribuição para o entendimento das táticas utilizadas em 1932, quando da "Revolução Constitucionalista Paulista".
ReplyDeletemuito bom os meus parabéns pelos seus blogs
ReplyDeleteem portugal também se deu embora um pouco mais tarde o mesmo fenómeno de abandono das ferrovias
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