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CENA ARMY MEN: Chassina em massa cometido pelos japoneses contra os chineses da cidade de Nanquim. Nanquim, 07 de Novembro de 1937. |
O que foi o
estupro de Nanquim?
Foi um episódio de assassinato em massa
cometido pelos japoneses contra os chineses em 1937 e 1938. Foi um episódio de assassinato em massa
cometido pelos japoneses contra os chineses em 1937 e 1938. O evento é
considerado o mais traumático da Segunda Guerra Sino-Japonesa, travada entre o
poderoso e expansionista Império do Japão e a pobre e frágil China. O massacre
durou seis semanas e começou quando os japoneses desembarcaram em Nanquim, que
era a capital chinesa na época. Cerca de 260 mil pessoas morreram. Vinte mil
mulheres foram estupradas e mortas, incluindo meninas com menos de dez anos.
Até hoje, o evento é traumático para chineses e polêmico para japoneses, que
diminuem a dimensão das atrocidades e não reconhecem a maioria dos crimes
cometidos.
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Mapa Nanquim |
CONTEXTO:
A China estava em guerra civil desde 1926,
entre nacionalistas e comunistas (liderados por Mao Tsé-Tung). Por ser um país
enfraquecido, algumas regiões eram controladas por potências estrangeiras. O
Japão dominava a Manchúria e avançou sobre o território chinês quando viu que
os nacionalistas estavam se preparando para confrontá-lo.
É GUERRA!
Em 1937, os japoneses atacaram a costa da
China. Conquistaram Xangai após quatro meses de luta, que deixaram 250 mil
baixas chinesas contra 40 mil japonesas. Os chineses fugiram para Nanquim,
destruindo campos de arroz e tudo que pudesse ajudar as tropas japonesas.
NO SUFOCO
O Japão cercou a capital, e em 5 de dezembro entrou na cidade. O
general Tang Shengzhi, comandante das tropas chinesas em Nanquim, recrutou 100
mil soldados na cidade para tentar conter o avanço nipônico. Após violentos
embates, os japoneses derrubaram as defesas da capital, em oito dias de luta
O INÍCIO DO MASSACRE
O general japonês Asaka Yasuhiko ordenou a
execução de todos os prisioneiros de guerra. Separaram civis, militares, homens
e mulheres. Torturaram, enforcaram e fuzilaram os soldados. Massacraram os
civis na rua. Alguns se refugiaram em templos, mas foram pegos mesmo assim.
SILÊNCIO NA PEDREIRA
Os japoneses conduziram os cidadãos a uma
cratera em uma pedreira. Enfileiraram todos e abriram fogo. Muitos caíram ainda
vivos, e os soldados procuraram sobreviventes para executá-los. Hoje, no local,
existe um memorial em homenagem às vítimas do massacre
OLIMPÍADAS DE INFERNO
O horror piorou sob o comando do general
Iwane Matsui. Decapitação virou um esporte. Via-se quem era mais rápido e mais
preciso no corte. Contavam quem matava mais bebês e arrancava mais fetos da barriga
das mães. Penduravam cabeças para não perder a conta e davam os corpos a cães
vira-latas, mais famintos do que nunca naquele momento. Para completar,
praticaram vivissecção, ou seja, dissecar a pessoa ainda viva.
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Flagrante de decapitação durante o Massacre de Nanquim (1937-1938). |
ESTUPRA E MATA
Mas o pior estava guardado para as
mulheres. Arrastaram mães, solteiras e adolescentes para caminhões para
transformá-las em escravas sexuais. Muitas delas, que os japoneses chamavam de
“mulheres de conforto”, foram exportadas como escravas para os 2 mil bordéis
militares que o Japão havia espalhado pelo continente asiático
CIDADE EM RUÍNAS
Em dois meses, poucos restaram de pé. Os
japoneses ainda espancaram, afogaram, queimaram e fuzilaram os cidadãos.
Enterraram crianças vivas. Observadores internacionais falavam de pilhas de
cabeças e corpos espalhados na rua. Entre as milhares de mulheres estupradas,
muitas foram violadas por grupos, mutiladas, mortas e largadas à vista, para
aterrorizar quem ainda estava vivo
MAIS GUERRA
O governo chinês continuou fugindo até a
derrota final, em 1938. O Japão dividiu a China em estados fantoches e manteve
a política expansionista. Tentou invadir a Rússia, sem sucesso, tomou Hong Kong
e Xangai e atacou a base de Pearl Harbor, levando o país – e os Estados Unidos
– à 2ª Guerra Mundial
UMA ÚLTIMA CURIOSIDADE – A violência foi
tanta que até os nazistas pediram para os japoneses segurarem a onda!
TEXTO EXTRAÍDO DE:
FOTOS ARMY MEN:
Antonio Miranda de Freitas Júnior - Historiador & Poeta
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