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CENA ARMY MEN: Soldado norte-americanos são flagrados espionando um acampamento militar vietnamita - Vietnã, 23 de junho de 1973 |
A guerra no Vietnã seguiu durante anos sem que os Estados Unidos
participassem diretamente do conflito. Nos primeiros anos, o papel dos Estados
Unidos no conflito foi o de fornecer armas e conselheiros militares, que faziam
o treinamento dos exércitos sul-vietnamitas. No entanto, essa política
americana alterou-se com Lyndon Johnson no poder. Ele assumiu a presidência
depois do assassinato de John F. Kennedy, que aconteceu em novembro de 1963.
Lyndon Johnson chegou à presidência americana em 1964 e, durante
um ano, seu governo estudou as possibilidades de envolvimento direto na Guerra
do Vietnã. A mudança na postura dos Estados Unidos deu-se por causa da
insatisfação com a incapacidade do governo sul-vietnamita de combater as tropas
comunistas. A participação efetiva dos Estados Unidos no conflito ocorreu após
o Incidente do Golfo de Tonquim, em agosto de 1964. Nesse incidente, a
embarcação americana USS Maddox foi atacada duas vezes por torpedeiros
norte-vietnamitas. Os ataques, nunca comprovados pela marinha americana, foram
usados como pretexto para a aprovação de resoluções que permitiam o envio do
exército americano para a guerra vietnamita.
Essa participação americana no Vietnã foi polêmica e foi marcada
pela violência cometida contra civis em pequenas aldeias no interior do país.
As tropas americanas usaram bombas incendiárias, como o napalm, e armas
químicas, como o agente laranja, para destruir plantações e desfolhar as
árvores de florestas, que eram usadas como esconderijo pelos vietcongues.
Por causa dessa extrema violência, o governo americano passou a
ser alvo de grande pressão popular para a saída do conflito à medida que as
imagens da guerra eram divulgadas e a quantidade de mortos no exército
americano crescia. Os protestos pelo fim da participação americana na Guerra do
Vietnã aconteceram principalmente com os movimentos de contracultura, que
estavam em alta na época.
Essa pressão popular, aliada a anos em um conflito que parecia
não ter fim, levou o presidente americano Richard Nixon a propor um cessar-fogo
com as tropas norte-vietnamitas. A assinatura desse cessar-fogo deu fim à
participação americana na guerra em 27 de janeiro de 1973. Em junho do mesmo
ano, o senado americano aprovou ainda emenda proibindo novo envolvimento do
país na guerra.
O governo do Vietnã do Sul, que a essa época era governado por
Nguyen Van Thieu, ficou sem o apoio dos Estados Unidos e foi incapaz de conter
os avanços dos exércitos comunistas do Norte. A cidade de Saigon foi
conquistada e renomeada para Ho Chi Minh pelos comunistas em 1975. Com a
derrota do governo sulista, o Vietnã foi reunificado sob um governo comunista a
partir de 1976.
Acredita-se que, ao longo dos
anos de conflito, pelo menos 1,5 milhão de pessoas tenham morrido e que esse
número possa ter alcançado os 3 milhões de mortos. Os exércitos americanos
acumularam 58 mil mortos durante os anos de envolvimento na guerra.
FONTE DE PESQUISA:
CENÁRIOS E FOTOGRAFIAS: Freitas Júnior - Historiador & Poeta.
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