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CENÁRIO ARMY MEN: Soldados Italianos (Camisas Negras) diante de Benito Mussolini em Roma, Itália. 28 de outubro de 1922 |
O totalitarismo
foi uma reação conservadora à democracia e ao liberalismo político e econômico.
Assim, depois do desastre da Primeira Guerra Mundial, surgiu a ideia de que os
governos deveriam ser fortes para serem eficientes. A crise que atingiu a
Europa pós-guerra e o sucesso soviético diante da Crise de 1929 favoreceram o
fortalecimento de partidos ligados ao comunismo. Amedrontados com o crescimento
da esquerda (socialismo), os capitalistas trataram de apoiar partidos radicais conservadores
de direita (capitalistas), que prometiam impedir o avanço da esquerda
(socialismo). Esses partidos fortaleceram-se a ponto de assumir o governo de
alguns países.
Dessa forma, a figura de um líder carismático, com poder de persuasão, parecia ser a solução. Os democráticos, como a Grã-Bretanha e a França, queriam evitar uma
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Adolf Hitler e Benito Mussolini |
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Camisas Negras em marcha sobre Roma 28/10/1922 |
No regime totalitário, todos
os poderes do Estado se concentram em uma só pessoa. O chefe totalitário
personifica o próprio Estado, isto é, suas vontades são as do país. Nas festas
nacionais, por exemplo, costuma-se colocar enorme retrato do dirigente junto à
bandeira nacional. Doutrinam-se as crianças na obediência e no respeito ao
governante, que exerce zelosa proteção a elas. Os defensores do totalitarismo
condenam a democracia porque consideram que ela divide a sociedade e estimula
as diferenças. Para eles, a sociedade deve estar unida em torno dos mesmos
pensamentos e interesses impostos pelo Estado. Nesses regimes, tudo o que
divide e diferencia as pessoas se torna proibido. Não existe liberdade de
expressão nem de pensamento. A censura aos meios de comunicação é intensa. Há
estímulo à denúncia de todos que são (ou aparentam ser) contra o regime.
O anticomunismo era uma das
bandeiras dos movimentos e regimes fascistas, sendo estes vistos muitas vezes como uma reação
ao crescimento dos movimentos socialistas e comunistas. Os fascistas
justificavam seu anticomunismo como uma forma de defender a propriedade
privada, a religião, o nacionalismo e a ordem social contra o
internacionalismo, o ateísmo e a socialização dos meios de produção, defendidas
pelos movimentos e teorias socialistas. O líder dos nazistas alemães, Adolf
Hitler, alegava ainda que havia uma conspiração judaico-marxista internacional,
e atribuía aos judeus tanto o marxismo dos partidos comunistas, socialistas e
social-democratas, quanto o liberalismo. O anticomunismo de Hitler, portanto,
mesclava-se com o preconceito antissemita e racista: “A doutrina judaica do
marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio
eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o
peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das
nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua
existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria
a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande
organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína
seria o desfecho final para todos os habitantes da Terra”.
As
características do totalitarismo são:
# Governo centralizado
# Nacionalismo extremado
# Anti-liberalismo
# Militarismo
# Organizações militaristas
para a juventude
# Culto ao líder
# Partido único
# Expansionismo territorial
FONTES DE PESQUISA:
CENÁRIOS E FOTOGRAFIAS ARMY MEN: Freitas Júnior - Historiador & Poeta.
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