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CENÁRIO ARMY MEN: Conflito armado de Mussolini com uma pequena resistência etíope - Outubro de 1935 |
Em termos de política externa, uma das principais propostas
defendidas pelo fascismo era o direito da Itália ao seu "espaço
vital", ou seja, para Mussolini e seus partidários, o direito de anexar
territórios com o intuito de aumentar o crescimento econômico. Não era à toa,
portanto, o discurso militarista e nacionalista que acompanhava o Partido
Nacional Fascista (PFN) desde os seus primórdios.
Uma das primeiras atitudes expansionistas do Estado italiano foi incentivar a fundação de Fascios em países onde imigrantes italianos tinham se instalado, inclusive no Brasil, propagando o ideal do partido pelo mundo. Além disso, o serviço secreto italiano auxiliava grupos simpáticos ao fascismo em várias partes da Europa. Em 1919, tropas italianas ocuparam o porto de Fiume, na Dalmácia, por um ano; em 1923, tomaram a ilha grega de Corfu. Tais atitudes enalteciam o nacionalismo italiano e demonstravam seu descontentamento com os tratados do pós-guerra, que não cederam à Itália as colônias prometidas pela França e pela Inglaterra.
Uma das primeiras atitudes expansionistas do Estado italiano foi incentivar a fundação de Fascios em países onde imigrantes italianos tinham se instalado, inclusive no Brasil, propagando o ideal do partido pelo mundo. Além disso, o serviço secreto italiano auxiliava grupos simpáticos ao fascismo em várias partes da Europa. Em 1919, tropas italianas ocuparam o porto de Fiume, na Dalmácia, por um ano; em 1923, tomaram a ilha grega de Corfu. Tais atitudes enalteciam o nacionalismo italiano e demonstravam seu descontentamento com os tratados do pós-guerra, que não cederam à Itália as colônias prometidas pela França e pela Inglaterra.
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Benito Mussolini com soldados patriotas |
A economia da Itália entrou em profunda crise a partir de 1930,
assim como a de vários outros países, pois a Quebra da Bolsa de Nova Iorque
(1929) levou as economias dependentes do capital norte-americano à falência. Nessa
situação, Mussolini ampliou sua política expansionista, em parte por acreditar
que conseguiria resolver a crise anexando territórios, mas também com o
propósito de desviar a atenção da população dos problemas internos.
A Líbia, que era uma colônia italiana, se rebelou durante a
Primeira Guerra Mundial, empurrando os italianos para um reduzido espaço na
faixa litorânea. Ali, Mussolini concentrou sua força expansionista. O líder da
Líbia, Omar al-Mukhtar, foi morto e o exército italiano retomou sua antiga
colônia em 1931. Um pouco antes, em
1928, os dois países haviam estabelecido os limites entre o território etíope e
a colônia italiana da Somália. Dois anos depois a Itália iria desrespeitar este
tratado e construir um forte no oásis de Walwal (Ual-Ual, na grafia em
italiano), dentro de território etíope. Pouco depois, o forte era alvo de
ataque, no qual centenas de soldados etíopes morreram, no que ficou conhecido
como "incidente de Walwal".
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Conquistas do fascismo italiano |
Os protestos do país
africano na Liga das Nações não foram considerados, pois britânicos e franceses
não queriam confronto com a Itália, enxergando no país um forte aliado contra a
Alemanha nazista. Ficava evidente a fragilidade da Liga das Nações, da qual
Etiópia e Itália eram membros de pleno direito, e devido a interesses políticos
e estratégicos, a soberania de um de seus integrantes era sacrificada sem
qualquer cerimônia. Estava aberto o caminho para a invasão italiana.
Em cerca de oito
meses, com uma força muito bem equipada, que incluía moderna artilharia,
carros, tanques, caminhões, aviões, além de soldados bem treinados, os
italianos conseguem finalmente tomar o país africano, que por sua vez, contava
com um exército na sua maioria sem treinamento formal, armado de arco e
flechas, lanças, alguns rifles (cerca de um terço do exército etíope possuía
rifles, fabricados quase todos antes de 1900) e algumas peças de artilharia,
caminhões, meia dúzia de tanques e três aviões.
Ao ser conquistada,
a Etiópia foi anexada à Eritreia e à Somália Italiana, formando um imenso
território, dividido em seis províncias. Os italianos utilizaram de violência
contra qualquer local que se pronunciasse contra sua conquista, e aboliram a
escravidão. Melhorias nos transportes, condições sanitárias, comunicações se
seguiram, ao custo de uma brutal repressão do governo instalado em Adis Abeba,
a nova capital do que agora era chamada África Oriental Italiana (AOI). Ao discursar em Roma, logo após a tomada de Adis Abeba, Mussolini
irá declarar a restauração do Império, agora sob sua conduta. O discurso marca
o auge da popularidade, poder e prestígio do duce, que presencia uma multidão
exaltada com seu feito. A glória de Mussolini não durara muito tempo, pois sua
decisão de entrar na guerra ao lado dos alemães em 1940 se mostraria fatal para
ele e para as conquistas italianas. Apenas em 1941 a Etiópia reconquistaria sua independência, cinco anos após sua invasão.
REFERÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS:
> https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/fascismo-italiano---politica-externa-expansionismo-e-formacao-do-eixo.htm
>https://www.infoescola.com/historia/segunda-guerra-italo-etiope/
FOTOS & CENÁRIOS ARMY MEN: FREITAS JÚNIOR (HISTORIADOR & POETA)
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